Hoje, quarta-feira, a estrela nas lojas d’A Padaria Portuguesa é o Chili com Carne e Arroz Branco.

De segunda a sexta-feira, há sempre uma proposta diferente, naquele que é o regresso do Prato do Dia a algumas unidades da cadeia de restauração.

PadariaPortuguesa ChiliChili

Há alguns anos, “A Padaria Portuguesa” havia experimentado servir o Prato do Dia nos seus espaços. Uma ideia que não vingou, mas que regressa agora, após estarem aprendidas as lições da primeira volta. «Não é uma medida que se deva implementar em todas as lojas d’A Padaria Portuguesa, pois nem todas as zonas têm o mesmo tipo de necessidades. Feitas as contas, gerava-se mais desperdício, o que não é aceitável», explica Carlos Pina, Diretor de Qualidade e Inovação. Recolhidos os dados devidos e afinada a estratégia, “A Padaria Portuguesa” volta a disponibilizar a proposta de Prato do Dia, em pouco mais de 30 das suas 65 lojas, sempre com a garantia da produção local, com produtos frescos.

Os tradicionais e sempre apreciados pelo público – Arroz de Pato com Salada ou Bacalhau com Natas e Grelos Salteados – são as opções para segunda e quinta-feira, respetivamente. A terça-feira traz umas Lulas Recheadas com Puré de Batata, a quarta-feira serve um Chili com Carne e Arroz Branco, e a sexta-feira encerra a semana com umas Bochechas de Porco, Puré de Batata e Farofa. Por 7,99€, o cliente almoça. Se optar por consumir também o Sumo do Dia paga mais 1,5€, valor mais em conta para quem pretende fazer menu.

PadariaPortuguesa BochechasBochechas de Porco

O Prato do Dia já se estreou há três semanas e não há dúvidas de que está a correr bem, dizem. A preocupação passa agora por comunicar as novas opções aos clientes habituais e aos que ainda não conhecem todas as possibilidades de consumo d’ “A Padaria”. Para isso, a administração está a recorrer a diversas ações de marketing, quer com a distribuição de cupões de desconto e oferta, quer com campanhas nas redes sociais.

Propostas para a Páscoa

Para uma Páscoa mais doce, as propostas típicas são o Folar e o Ninho de Páscoa, coberto com fios de ovos e amêndoas de chocolate. À venda em dois fins-de-semana alargados, de 21 a 24 de março e de 28 a 31 de março, as sugestões estarão disponíveis nas 64 lojas da marca. São produzidos nas fábricas de Marvila e do Bom Sucesso e estarão disponíveis nas lojas ou através de delivery, com serviços como o Uber Eats, Glovo e Bolt. Os valores variam entre os 4,95€ e os 24€, consoante o tipo escolhido e o local de aquisição.

Ninho da Pascoa A Padaria Portuguesa

A expansão

“A Padaria Portuguesa” abriu a sua primeira fábrica em Samora Correia e a sua primeira loja em Lisboa, nos idos anos de 2010. Rapidamente, o conceito da produção de pão e pastelaria fresca conquistou o mercado. Em apenas quatro anos já existiam 50 lojas, o que levaria à necessidade de uma fábrica maior.

Em 2017, Marvila foi o local escolhido para o início da produção e, em 2018, na loja da Avenida da República, nasce o Lab, o espaço onde se testam as inovações e onde surgiu o conceito da padaria artesanal, produzido com massa mãe e farinhas de moleiro. Já em 2021, A Padaria Portuguesa chega a Setúbal e em 2023 é a vez da Invicta, que já conta com cinco lojas.

A expansão, que na contagem dos números parece fácil, tem muito que se lhe diga. Carlos Pina explica que «é necessário garantir a capacidade de abastecimento a partir das nossas fábricas, com produtos frescos do dia, de modo a assegurarmos a qualidade e a identidade da marca

Circularidade

Podemos falar sobre os diversos tipos de pão e croissant, das saladas, dos salgados e dos ovos biológicos, não esquecendo a diversidade de bolos e tartes, que promete agradar “a gregos e troianos”. Contudo, preferimos sublinhar outro aspeto da operação d’A Padaria Portuguesa: a circularidade. A preocupação com o máximo aproveitamento de todas as matérias-primas, e até do que seriam subprodutos ou resíduos, está no âmago das operações. Numa atividade em que os números das toneladas consumidas são demasiados para discriminar, a rede de lojas está consciente da sua responsabilidade enquanto parte da cadeia alimentar e enquanto agente económico inserido na sociedade. Gostariam de fazer mais, mas dada a dificuldade de implementar e escalar determinadas ideias de aproveitamento, rejubilam a cada conquista. Podemos falar, por exemplo, da parceria estabelecida com a NÃM, empresa que utiliza as muitas toneladas de borras do café servido nas lojas para misturar com palha e micélio e assim criar cogumelos, que são posteriormente adquiridos pela Padaria para utilização na cozinha.

A Quinta das Mélias é outra parceira que utiliza a borra de café como fertilizante para a sua produção de fruta biológica, mais precisamente meloa e melancia. Essa fruta é depois fornecida à rede de lojas para, nos dias mais quentes, ser servida nas opções de fruta ou de sumos naturais da época.

Utilizar as cascas de laranja, resíduo da produção de sumo, para fazer compota ou encaminhar o óleo de cozinha usado para que a Prio faça biocombustível são outras iniciativas que já implementaram e que são apenas uma amostra do esforço fazem na procura de uma atividade mais sustentável e, de facto, inserida numa economia que se quer circular.