A família Margaça acaba de introduzir novas referências às suas gamas de vinhos. São seis referências que visam posicionar os vinhos de Pias no patamar premium, em tintos, brancos e rosés.
A introduzir a nova filosofia estão os vinhos Família Margaça Vinha do Furo, seguindo-se os vinhos Família Margaça Reserva Tinto, Família Margaça Reserva Branco e Família Margaça Touriga Nacional.
Em destaque está também a clássica marca “asPias”, cartão de visita do produtor devido à relação qualidade/preço. Os vinhos asPias Branco, asPias Tinto e asPias Rosé mantêm o seu perfil tradicional, agora com uma imagem contemporânea e mais próxima do consumidor moderno.
Com o toque do Atelier Rita Rivotti, nasceu uma Edição Especial, num manifesto pela origem e identidade da marca. Para isso foram criados vários posters do movimento de revolução que envolvem e protegem as garrafas. Em cada um há uma mensagem que tem como principal objetivo sensibilizar o consumidor para a indevida apropriação da marca, que decorreu no mercado português.
A Edição Especial as Pias by Rita Rivotti está disponível apenas na loja online do produtor (www.margaca.com) e é limitada ao stock existente.
A história dos vinhos de Pias remonta a 1970, ano em que José Veiga Margaça, natural de Torres Vedras, se estabeleceu no Alentejo como representante de um armazenista de vinhos. Durante a sua estadia, rapidamente percebeu que este era um terroir único e especial, perfeito para concretizar o sonho de se afirmar como produtor de vinhos de elevada qualidade. Partiu numa viagem pela região e, já perto da fronteira, encontrou Pias.
Na freguesia, localizada entre Serpa e Moura, no extremo oriental do Alentejo, adquiriu as primeiras propriedades e fundou, em 1973, a Sociedade Agrícola de Pias. A primeira decisão foi suspender de imediato a produção de vinho a granel, tida, até então, como a atividade principal. De seguida, introduziu novos métodos de viticultura, redesenhou as embalagens e criou canais de venda e distribuição, ao mesmo tempo que começou a ocupar cada vez mais terras com vinhas e olivais.
Enquanto o projeto ainda ganhava forma, Portugal escrevia um dos mais importantes capítulos da sua história com a Revolução de Abril de 1974. Apenas dois anos depois, as terras começaram a ser ocupadas pelos camponeses, por conta do PREC e da Lei da Reforma Agrária, atraindo milhares de pessoas. No regresso, levavam o vinho.
A ocupação viria a repetir-se anos mais tarde, desta vez em forma de propriedade industrial. Devido ao sucesso atribuído aos vinhos da região, e sem impedimentos legais, a marca “Pias” passou a ser usada indevidamente, gerando falsificações e cópias por todo o país – muitas delas até vindas de outros países. Pias perdia, lentamente, a sua identidade.
Nesta fase, Luís Margaça, terceira geração à frente da Sociedade Agrícola de Pias, percebeu que “o mais importante não é competir na prateleira contra vinho produzido em massa, vindo da Europa a granel com custos muito baixos e uma qualidade que em nada honra Pias, mas antes fazer a revolução pela origem, informar o consumidor e mostrar a verdade por detrás do rótulo. Queremos promover a nossa cultura e gastronomia, o terroir diferenciador e autêntico, o empenho de várias gerações de famílias que trabalham, até hoje, na vinha e na adega”.
Por esse motivo, em 2020, a família Margaça apresentou uma nova estratégia, valorizando não apenas a sua marca, mas sobretudo a região. Nascia assim uma nova marca no universo da Sociedade Agrícola de Pias: os vinhos “Família Margaça”, uma homenagem ao trabalho desenvolvido por José Veiga Margaça, sua família e às gentes nativas que nunca desistiram de Pias.