Osvaldo Amado anunciou a saída da Adega de Cantanhede, projeto ao qual se dedicou por 12 anos e meio.
Com o seu cunho deixa referências como os Marquês de Marialva Confirmado, Foral de Cantanhede, Grande Reserva Baga e Grande Reserva Arinto, Baga Unoaked e Baga Complexo, Espumantes Primitivo Cuvée e Baga Cuvée, entre outros.
«A Adega de Cantanhede representou um grande desafio, que considero superado. Com foco na produção de vinhos de qualidade, as vendas cresceram exponencialmente. Em 2019 a faturação alcançou os 7 milhões de euros sendo que, à minha entrada, em 2011, rondava 40% menos. O Marquês de Marialva Baga Reserva vendia 15 mil garrafas e hoje vende 200 mil! Neste espaço de tempo a Adega de Cantanhede recebeu o reconhecimento do público e da imprensa especializada, em Portugal e no Mundo, conquistando para os vinhos cerca de 1500 prémios e inúmeras distinções como: Adega do Ano, Produtor do Ano, Melhor Produtor de Espumantes, Top 100 Melhores Produtores de Vinhos do Mundo, por exemplo. Saio deste projeto com dever e missão cumpridos», salienta o enólogo.
A região da Bairrada está-lhe no coração, pois foi aí que começou a trabalhar no setor e a fazer vinhos. «Amo o que faço e amo as castas Baga e Arinto, que encontram nesta região qualidades únicas para fazerem grandes vinhos, são o reflexo de um terroir incrível, que desejo exponenciar com o meu cunho pessoal».
A dois anos de comemorar uma carreira com 40 anos, Osvaldo Amado é o diretor de enologia do grupo Global Wines e já fez vinhos em quase todas as regiões de Portugal, faltando apenas assinalar Algarve e Ilhas. Passou também por vários países como África do Sul, Itália, Espanha e Brasil. No seu percurso profissional somam-se distinções pelo desempenho pessoal e milhares de prémios atribuídos aos muitos vinhos que já fez. Tem ainda um projeto pessoal como produtor.