A Associação Nacional de Produtores de Pera Rocha (ANP) anunciou o arranque da campanha de apanha da Pera Rocha 2024.
Os produtores esperam uma produção ao nível ou ligeiramente inferior à do ano passado. “Apesar dos esforços de todo o setor, as condições climáticas têm impactado negativamente a produção gerando menor produtividade e condições propícias ao desenvolvimento de pragas que afetam a produção”, refere Filipe Ribeiro, Presidente da ANP. “Em nada esta situação compromete a qualidade deste fruto tão rico e tão nacional, estando os produtores e agentes do setor a trabalhar a todo o gás para fazer chegar aos consumidores a mais fresca, local e da época Pera Rocha”, acrescenta o responsável.
Com uma área de 11 297 hectares dedicados ao cultivo de pereiras em Portugal, dos quais 84% estão concentrados na zona Oeste, a campanha de apanha da Pera Rocha é vital para a região e envolve mais de 15 000 pessoas.
Os produtores, colaboradores e centrais fruteiras da região estarão nas próximas semanas em plena atividade, processando mais de uma centena de milhares de toneladas de Pera Rocha. Equipadas com tecnologia de ponta, estas instalações garantem a separação precisa das frutas por calibre, tipo e qualidade, assegurando o fornecimento de Pera Rocha com a Denominação de Origem Protegida (DOP) que distingue a Pera Rocha do Oeste.
Desde a sua descoberta, em 1836, na quinta de António Pedro Rocha em Sintra, a Pera Rocha tem sido um símbolo de qualidade e tradição na região Oeste. Reconhecida pela Comissão Europeia em 2003 como Denominação de Origem Protegida (DOP), a Pera Rocha do Oeste continua a ser um produto exclusivamente português, preservando o seu caráter autêntico e o seu perfil organoléptico.
Portugal continua a destacar-se no top 5 dos maiores produtores de pera na Europa, fruto exportado para mais de 20 países, com destaque para o mercado europeu, Marrocos e Brasil.