A 72ª edição do Barómetro do Turismo do IPDT prevê um cenário positivo para o setor turístico em Portugal em 2025, com estimativas que apontam para um total de até 33 milhões de hóspedes e 81 milhões de dormidas, traduzindo-se em 6,5 mil milhões de euros de proveitos.

Estes números refletem uma expectativa de crescimento sustentado, impulsionado por fatores como a melhoria contínua da oferta, a segurança e a estabilidade política.

Mais de metade dos inquiridos acredita que o número de hóspedes poderá situar-se entre 30,1 e 33 milhões. Quanto às dormidas, 78% dos especialistas apontam para valores entre 75,1 e 81 milhões, sugerindo uma possível extensão da duração média das estadias. No que respeita aos proveitos, 80% preveem um total entre 5,6 e 6,5 mil milhões de euros.

Apesar do cenário encorajador, o turismo enfrenta obstáculos importantes. A falta de profissionais qualificados, mencionada por 51% dos inquiridos, é o principal desafio identificado. Outros problemas apontados incluem o aumento dos preços e a inflação (40%), a recessão económica (33%) e a instabilidade geopolítica (29%).

Uma questão emergente nas preocupações do setor é a perceção de overtourism em alguns destinos nacionais. Para 80% dos especialistas, é essencial combater esta ideia através de estratégias de comunicação mais transparentes, promovendo uma visão equilibrada sobre o impacto do turismo. Outras ações sugeridas incluem o envolvimento das comunidades locais e o desenvolvimento das regiões interiores.

Para garantir a competitividade do destino, os profissionais sugerem a diversificação e requalificação da oferta turística, com foco na sustentabilidade e na promoção segmentada. A melhoria das condições de trabalho e a qualificação dos profissionais do setor são consideradas prioritárias, com 14% a defenderem melhores condições laborais e 12% a sublinharem a importância da formação.

Entre as principais tendências apontadas para 2025 destacam-se as viagens personalizadas e a procura por experiências culturais autênticas, mencionadas por 63% e 60% dos inquiridos, respetivamente. A segurança continua a ser um elemento essencial na escolha de destinos, reforçando o papel estratégico de Portugal como destino turístico seguro e acolhedor.