Os resultados apurados no inquérito da AHRESP –  Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal revelam que o regresso à atividade tem resultados abaixo das expectativas para os setores da restauração e bebidas e do alojamento turístico.

No setor da restauração e bebidas, 36% das empresas não reabriram a 18 de maio. As que o fizeram registaram uma faturação média abaixo dos 10% das receitas habituais.

Quanto aos salários de maio, 16% das empresas não conseguiram efetuar o pagamento e 15% só o fez parcialmente.

Cerca de 54% das empresas refere que não vão conseguir suportar os encargos habituais (pessoal, energia, fornecedores e outros) em junho, e 36% pondera avançar para insolvência.

Relativamente ao emprego, mais de 90% das empresas da atividade da restauração e bebidas não efetuaram despedimentos nos últimos três meses (março a maio). Contudo, 73,5% das empresas não sabem se vão conseguir manter o total dos seus trabalhadores até ao final do ano.

Cerca de 33% das empresas com processos aprovados de financiamento ainda não tinham o dinheiro disponível no final de maio. O pagamento de salários foi o motivo mais referido pelo qual as empresas recorreram a financiamento.

Cerca de 49% das empresas de alojamento turístico continuavam encerradas no final do mês de maio. 30% dos inquiridos perspetiva uma taxa de ocupação máxima de 25% na época alta e 18% das empresas pondera avançar para insolvência.

No que a salários e emprego diz respeito, 32% das empresas de Alojamento não conseguiram cumprir com os compromissos salariais e 10% só efetuou uma parte. Apesar de mais de 90% não ter efetuado despedimentos  de março a maio, 63% das empresas não sabem se vão conseguir manter o total dos seus trabalhadores até ao final do ano.

Sobre os apoios financeiros, cerca de 35% das empresas do alojamento com processos aprovados ainda não tinham o dinheiro disponível no final de maio. O pagamento de salários foi também o motivo mais referido pelo qual as empresas recorreram a financiamento.