Os recursos dos oceanos podem fornecer seis vezes mais alimentos, se forem geridos de forma responsável, do que atualmente.

Este é o primeiro de uma série de 16 Blue Papers: “The Future of Food from the Sea”, criados pelo High Level Panel para a sustentabilidade da economia dos oceanos.

O recurso a estes produtos representa também uma pegada de carbono muito menor, comparativamente com outro tipo de alimentos. A aquicultura marinha sustentável, ou maricultura, é destacada como a área com maior potencial de crescimento.

Produzir mais alimentos provenientes dos oceanos pode ser uma forma de enfrentar a crise climática e garantir no futuro a segurança alimentar.

Apenas metade da população mundial se alimenta com as quantidades recomendadas de produtos provenientes do mar, e o seu consumo diminuiu em muitos mercados desenvolvidos.

Os avanços na produção de produtos provenientes dos oceanos apenas podem ser alcançados com medidas para combater as ameaças como a saúde dos oceanos, as mudanças climáticas e o excesso de pesca.

É possível expandir significativamente a maricultura de espécies que têm intervenção na nutrição, (como é o caso de peixes e crustáceos) de uma forma sustentável, mas será necessário a introdução de inovações alimentares, para que a produção não se limite à captura de peixes.

Os produtos provenientes do mar fornecem essencialmente vitaminas, minerais, ácidos gordos ómega 3 e outros nutrientes não encontrados em alimentos de origem vegetal ou outras proteínas.

A produção de animais no mar ainda não atingiu a dimensão dos animais terrestres, o que significa que o potencial de crescimento é enorme.

O estudo foi divulgado pelo NSC - Conselho Norueguês dos Produtos do Mar. A Noruega é o segundo maior exportador mundial de produtos provenientes do mar, fornecendo 37 milhões de refeições diárias em 146 países.

O modelo norueguês de produção é frequentemente reconhecido como uma prática recomendada, e reconhecido em todo o mundo pela gestão sustentável da pesca selvagem e produção responsável da aquicultura.

O relatório completo está disponível aqui.